sexta-feira, 13 de agosto de 2010

"Que inveja!"

Há muito boa gente que, ao ver o sucesso ou a beleza ou a inteligência ou seja-lá-o-que-for de outra pessoa exclama de imediato (ou, no mínimo, o pensa inevitavelmente): "que inveja"! Às vezes é mera força de expressão (resposta usual a "ai estou tão bem de férias!", por exemplo); tudo bem até aí.

A questão é quando a inveja é mais do que uma palavra e é, isso sim, um facto. Quanto ao se ver algo de bom noutra pessoa, o primeiro impulso não é apreciá-lo por si, mas sim desejá-lo cegamente para nós próprios. Para mim, a inveja é das coisas mais mesquinhas que existem.

Claro que, não raras vezes, me deparo com feitos ou qualidades de outras pessoas que eu própria desejo para mim; mas nessas ocasiões tenho tendência a ver a questão pelo prisma de "que inspiração!", ao invés de me pôr a cogitar mundos e fundos de infelicidade sobre a pobre alma (ou a apontar-lhe todo e cada defeito que naturalmente tem - outro must da inveja).

Muito pouco humildemente, confesso que nunca me considerei invejosa. Chi sa esteja errada (outros poderão avaliar dessa questão). A verdade pura é que se vejo alguém a alcançar os seus objectivos, em especial se são próximos dos meus, isso só serve para me inspirar a esforçar-me ao máximo para também eu lá chegar - por mim, não por mera demonstração de status social ou parvoeira congénere. E não será bem melhor inspirarmo-nos uns nos outros do que nos andarmos a invejar mutuamente?

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Não há melhor que isto

Ficar a ver o pôr-do-sol sobre a Serra, dentro da piscina, com a água bem quentinha a não fazer apetecer sair para o vento fresco que se levanta. Paz total. O som do vento, o chilrear de um ou outro pardal e nada mais. Melhor é impossível.

Especialmente depois de um dia inteiro à volta com Matemática e Economia...

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Cold feet

Depois de um ano à espera por tal, parece que desta é que é: começo o Mestrado daqui a duas semanas. E diz que estou aterrorizada com o simples pensamento.

Por ser tão diferente da minha área de Licenciatura, por ser tudo demasiado novo e demasiado desconhecido, numa fase em que a vontade de novidade escasseia em demasia.

Por ultimamente andar a sentir-me uma inadaptada social, sem me importar muito com esse facto. Aliás, até o aprecio, da mesma maneira que uma criança gosta do seu cobertor velhinho e confortável.

Por querer fazer tanto e não saber muito bem se isto se encaixa nesse tanto.

Não sei, mas depois de um ano... tenho dúvidas. Os chamados cold feet (e logo com estas temperaturas...). E isso não é bom. Só que, verdade seja dita... onde estou não posso continuar. E diz que em frente é que é o caminho. So be it.